sexta-feira, 7 de junho de 2019

Uma bela fotografia

É isso que trago de ti
Uma bela fotografia
Não dos últimos momentos vividos
Ou dos angustiantes instantes passados
Mas da doçura da dureza
Que nela se vê ironia
Certamente, alegria

Que bela fotografia
Certamente, alegria
Um sorriso leve abranda
Toda dor de sua estadia

É como se não houvesse perda
Apenas, houvesse Maria
Saudade sempre foi o melhor remédio
Pra curar qualquer lembrança arredia
Não há amargura que pereça
Diante de nossa madrinha

Não há abandono na partida
Há sim presença estendida
Trazendo paz aos pobres espíritos
E alento às almas sofridas

Não se inconforme se um dia
Cair uma flor em seu jardim
Pode ter certeza que dela
Surgirá mais uma Rosa...
Assim como Maria

Tão longa essa demora
Pra finalmente rever suas filhas
Ninguém entende que agora
Sua felicidade é plena em harmonia

Nunca houve outro alguém
Ou há de haver nessa vida
Sempre haverá para nós,
Pra sempre e apenas,
Maria

Espelho

Não mais reconheço.
Quando a felicidade acorda
Ou quando vai dormir.

Não mais reconheço,
Se ela vai embora
Ou se volta a sorrir.

Que lhe fiz pra erguer-se?
Que te fiz pra perder-te?

Em teus braços vultosos
Deslizei por um fio
De esperança que agora
Tua linha partiu.

Será que demoras?
Ou não volves jamais?