terça-feira, 23 de novembro de 2010

Chorar pra rir

É vero... Diversas vezes, é preciso derramar lágrimas para fazer brotar um sorriso. Mesmo com tudo do bom e do melhor, ainda há espaço para queixas e caprichos. É, meramente, intrínseco de nossa condição humana. Mais e melhor.

Quem disse que a vida é justa? Talvez a morte seja. Dizem, inclusive, que, na vida, tudo tem um jeito, desde que não haja morte no caminho. Talvez a morte dê seu jeito. Não quando é chamada, mas quando se sente bem-vinda. Para aliviar um sofrimento, uma amargura, uma dor, seja lá do que for. Mas a memória é fato e toda marca tem seu registro.

Não há glória nesse caminho. Por isso, é importante conhecer as estórias das pessoas – não as imagens de sucesso -, mas a figura dos humildes mortais que deram origem a seus personagens. Idolátricos. Motivo de orgulho, exemplo de superação, em qualquer âmbito da vida. Essas servirão de inspiração digna de emoção. Verdadeiros heróis, cujas batalhas eram travadas interna e inerentemente. A eles; eles contra eles mesmos. Cada um em sua condição incondicional.

É vendo. É escutando. É lendo. É crendo. Aprenderemos com as estórias desses heróis a rirmos de braços abertos para a vida, pois, pelo menos, neste exato instante-momento, conseguimos enxergar o que devemos valorizar e sua realidade. Valer a pena. Mas não antes de chorar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Princípio

Todo começo precisa de um passo. Curto ou largo, mas definitivamente forte. Certamente, o bastante para dar um pontapé inicial. É o requisito básico para uma iniciativa. Principalmente, se for movida pela vontade. Independente, baseada numa crença. Um pensamento que tira da inércia uma idéia, que a leva à realização.

Nesse percurso, é importante ser testado. Ter algo ou alguém que lhe indague a respeito de suas próprias certezas, para que elas sejam repensadas. Só assim podemos realmente descobrir no que acreditamos e quais caminhos devemos seguir.

Igualmente, é importante ser apoiado. Ter alguém ou algo que acredite em você, que lhe dê suporte quando tudo parecer desmoronar. Dessa forma, podemos renovar as energias quando elas forem demasiadamente gastas.

Afinal, de que adianta carregar um fardo tão pesado? Ainda, como carregá-lo sem compartilhar seu peso? Seria fácil demais tirá-lo das costas e jogá-lo em mãos alheias. Ou simplesmente deixá-lo para trás durante a jornada. Não seria uma má idéia. Aliás, não seria vergonhoso desistir de algo que não teve princípio. Com toda propriedade da dualidade da palavra.

De que serviriam os mártires sem os exemplos? Não falo da glória. Tampouco do sucesso de conquistas. Mas de integridade. Também, um pouco de caráter, característico de fortes personalidades. Aquela mesma força já citada no passo do passado. E isso sim, é justamente o que faz toda a diferença. É uma questão de princípio. Talvez esse seja o início de todos os fins. A resposta para toda pergunta que nos mova para qualquer ou algum lugar.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Por quê?

Por quê? Por que temos essa ânsia em descobrir o motivo pelo qual tudo acontece? Por que as coisas precisam ter uma explicação e não podem simplesmente ser?

Passamos a vida correndo atrás de respostas e, no final, descobrimos que eram as respostas da vida que corriam atrás de nós.

Continuo defendendo a idéia de que o que importa não é a verdade, mas sim a crença. A verdade é flexível e relativa. A crença é unilateral. É ela quem determinar nossos atos.

Alguns pensadores acreditam que o questionamento contínuo aproxima o interpelador da verdade. Mas também há quem diga que uma mentira dita cem vezes, passa a ser uma verdade.

Não importa a glória da sabedoria. Quem a busca, pode acabar encontrando a frustração. É um terreno muito perigoso para a ganância e a obsessão. Para fazer de pessoas, degraus. Para fazer de um objetivo um ideal fundamentalista.

O estado de consciência conflita com a circunstância da existência no que se refere a pensamentos e fatos. Conhece-te a ti mesmo para que o estado de hipnose latente em que se encontra seja mais facilmente acordado.

A mente é o campo de batalha de nossas personalidades; a alma, das personalidades e do ser. Nessa luta, a dor resulta dos erros. É preciso caminhar sempre em frente para consertar os pecados. A eliminação dos defeitos que afloram a humanidade engrandece o espírito coletivo, mas o pensamento deve ser coerente.

É interessante saber que algumas pessoas acreditam que um ser humano podia enxergar metade das cores de um Holtapamnas. Este equivale a 5,5 milhões de tons de cores. À medida que o ego foi afastando a consciência, a capacidade perceptiva diminuiu, resumindo a aura natural ao espectro da iridescência. Fomos rebaixados na hierarquia dos privilegiados. Tudo tem um lado cego.

sábado, 28 de agosto de 2010

A última profecia

Estamos condenados. Viver a mercê das coincidências, do acaso, do destino. Ao longo da existência humana, tentamos desvendar os mistérios e os segredos da vida a fim de encontrar segurança espiritual.

Atitudes, ações e acidentes periódicos levam a uma imitação em série no âmbito do inexplicável, que não a casualidade e suas conexões. Resumir tais atrações e inércias a meras probabilidades estatísticas e matemáticas é negar princípios e leis tendenciosos a uma finalidade intuitiva. A impressão dos arquétipos se virtualizam no escopo do conteúdo inconsciente, onde o caráter aleatório é duvidoso, mas significativo.

Destino, acaso, coincidência. Independente, é genuinamente incomensurável a cognição significativa. Deixemos a “incompulsão” do nome ladeada simultaneamente ao paralelo da indiferença.

A harmonia universal faz com que os elos se fundam nesses paralelos subjetivos sob a face do destino e a outra face da coincidência, encorajados pelo acaso e pela casualidade.

Não há reflexão filosófica ou empirismo que prove qualquer existência. Há indícios de provas naturais de ambas, subjetivamente indeterminadas.

A manipulação da energia proveniente da beleza natural nos permite o controle do poder. Uma experiência mística que nos permite interagir e nos conectar com o Universo através da criação espiritual.

Aí vem a esperança como a mola propulsora para o desencadeamento dos fatos do livre-arbítrio. Os sonhos devem ser interpretados como força intuitiva. Mas a energia desprendida para transmissão da dualidade espaço x tempo é desprezível, desde que não haja precedente.

Mas se todos esses conceitos existem para conhecer mais de perto a mórbida hora, pergunto-vos: de que adianta se não sabemos para onde vamos? Quizá, uma última profecia celestina pudera nos levar à resposta.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Prólogo

Imagem não é nada. Ver é tudo.

Elo forte

“Enquanto a música toca, toque as cordas da sua vida”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Clube das 7 Artes

O mundo da arte é um estilo de vida. Expressão de sentimentos, idéias, sonhos. Influências e referências norteiam a estrutura da criação. Nem por isso, uma flor deixa de ser bela por ser uma flor.

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Nunca há uma perda. Há sempre um aprendizado. Vamos do sol à luz através do fogo. Ignorante sapiência que busca no gnosticismo o caminho para a felicidade. Ou seria sábia ignorância? De um jeito ou de outro, é o melhor mal que assola a humanidade e contra o qual lutamos uma batalha perdida a fim de lidar mais facilmente com os mistérios da vida. Eis aqui uma ótima razão para viver: ser feliz do máximo ao impossível.

Busca eterna pelo prazer. Prazer de viver. Transitório, fugaz, transcendente, sublime. Do metafísico ao superior, eterno. A vida só é vivida uma vez. É pra ser vivida. É pra ser vívida. Afinal, o que é o pecado senão não usufruir a vida? Servir à vida. Daria os céus para ter a Terra... Mas daria as terras para ter o céu. A vida é tão efêmera quanto um passageiro no banco de trás. Passageira do tempo. Preocupe-se com o futuro, mas viva o presente, pra não se arrepender do passado, pois no passado ou no futuro, a vida é sempre um presente.

Existem várias formas de morrer, mas apenas uma de viver: sem moderação. Nada a perder. Sempre há um amanhã quando não há morte no caminho. Contraditório, paradoxal, confuso. Não viva a vida puto. Viva puto por não viver a vida. Aliás, uma constante tentativa. É sempre melhor uma tentativa frustrada do que uma frustração por não tentar. Toda tentativa é válida, desde que se acredite. Pra corrigir um erro é preciso andar sempre em frente.

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É melhor uma idéia imperfeita realizada do que um rabisco bonito num papel. Foi apenas um sonho ruim. Às vezes, é fácil manter os sonhos por comodidade e depois culpar o universo por não realizá-los, quando na verdade, faltou coragem. Esta que nos leva a jogar tudo para cima e fazer-nos correr atrás de nossos sonhos. Deixamo-los sempre em segundo plano, porque, apesar de serem o melhor da vida, queremos ter a esperança de que um dia iremos realizá-los. Viver na esperança é esperar pra viver. A determinação realiza. Junte e transforme o onírico e a dura realidade e você chegará ao horizonte, onde o sonho do céu e a realidade da terra se encontram. Sonho, logo vivo.

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Nenhum homem trai seu destino. Mas nenhum vento é bom pra quem não sabe aonde ir. A vida é um caminho sem volta. Que dá voltas. Como diria o velho físico, coincidência é a forma de Deus permanecer incógnito. Não pode deixar que as pedras do passado impeçam os caminhos futuros de serem percorridos. A estabilidade impede o progresso. As barreiras imaginárias em nossa realidade escondem nosso medo de realizar nossos sonhos. Tudo é possível. É confortável apenas sonhar. Evita a frustração encarar a própria sorte. Não acredito em mudança.

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O homem é tão universal quanto único. Todos são singulares num só plural. As pessoas são iguais em suas atitudes. Apenas se deparam com situações diferentes diante de problemas reais e imaginários. Sempre existe uma porta. Às vezes você vê, mas não alcança; alcança, mas não toca; toca, mas não sente. O infinito nunca acaba. O céu e o inferno são o subconsciente de toda sua vida. Mas só nos conhecemos quando atingimos nossos limites.

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A verdade sobre a mentira é que ela só pesa na consciência. Essa é a anedota do bem e do mal num conto de fadas. O momento mais perigoso do dia é o acordar. Não sabemos o que vai acontecer. Mas o despertar para a verdade é sempre bem-vindo. Apesar de que somos movidos pelas crenças. A única coisa que eu quero é acordar vivo amanhã. Depois, tento manter a sanidade.

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Não importa se todos pensam que o que você faz é estúpido se, na verdade, é algo inteligente. Minha música é minha leitura de tudo que me rodeia. Um gesto vale mais que um olhar, ou que mil palavras. Mas tanto as palavras como o olhar nada mais são do que gestos. Falo o que eu quero que as pessoas saibam, porque o resto é meu e de ninguém mais.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Amigo

Bem maior do mundo. Legado inestimável. Pra essa, não existe recompensa. Horas boas, ruins; tristes, alegres; mais fatídica que qualquer instituição de comunhão. Mais sincera. Menos obrigada. Pura e livre espontânea vontade.

Obviamente que, como em toda alcatéia, há lobos. Nem sempre é iridescente. Mas o problema é bilateral. É elegível. Mas quando verdadeiramente fiel, não há volta. O olhar. As palavras. O gesticular. As nuances. Esclarecem mais desses indivíduos despidos e desnudos de ferramentas e armas.

Egocêntrico. Queremos sempre algo em troca pra nos sentirmos bem. Nem que seja o próprio bem em si aos outros. Assim como o amor, a amizade é hedonista. Assim como as pessoas, é essencialmente egoísta.

Saudade

Ai, saudade que não tem fim. Quanto mais quero te esquecer, mais te aproximas de mim. Pois meus pensamentos mais distantes a trazem de volta pra perto à minha lembrança que não quer sorrir.

Dor dolorida doída. Doida. Sentimentos pelo que foi, mas não há mais de ser. De passado vivo o presente e penso no futuro.

A mais bela palavra traz tão triste cognição. Mesmo carregada de sentimentos de felicidade. Como pode um paradoxo desnortear tão forte uma mente de lembranças?

Saudosismo do passado longínquo. Banzo de lugares d’antes vistos. Mas é a saudade maior do mundo, do amor maior do mundo, que incomoda e nunca passa. Elementos antigos são objetos de infelicidade. Mas pior são os objetos de felicidade que nunca serão antigos. Nem no passado, nem no futuro. Simplesmente porque deixaram de ser. Deixaram de ter um significado para qualquer das partes.

Saudade dos que se foram. Dos que irão. Dos que ainda não, há de haver.
Saudade das brincadeiras, dos costumes, da cultura rotineira.
Saudade até de quem eu gostaria de ser, de conhecer, de ver.

Puta saudade maledita! Por que não te conformas, de tantas coisas, com a bonita.

Solidão

Sejamos nós mesmos. Mas um ser que nos complete é completamente bem-vindo. Alma-gêmea; amizade; família.

Às vezes estamos sós e nos sentimos plenos. Às vezes estamos cercados de pessoas e nos sentimos plenamente sós. Nem sempre é uma condição física. É também psicológica. E ainda comportamental. Mas o sentimento é o mesmo para ambos os casos.

O Universo é imensidão. Uma mera partícula, única como somos, desliga-se do todo. E nossa mente dita a condição de acordo com as circunstâncias. A troca de energia cessa.

Querer estar só, poder estar só. Compartilhar, refletir, discernir, discutir consigo. Mentalizar apropriando-se dos fatos.

Mas cruel é a condição física. Isolamento. Solitário. Somos feitos para andar em bandos. Viver em sociedade. Mas a própria nos provoca o isolamento seja qual for o motivo: pessoal, profissional, moral, mental, físico.

O mesmo bem que traz a comodidade da companhia ou o alívio da isolação, também veste a carapuça do mal. Toda moeda tem dois lados. Qual deles escolher? Por que não usá-los nos momentos apropriados?

Dor de solidão é pra ser sentida, vivida, exaurida, extasiada; é também para ser compartilhada, aliviada, esquecida. Ficam as mágoas, as marcas, as cicatrizes nos sentidos. Mas somos plenos de sentimentos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mal irremediável

A vida mundana é apenas uma passagem de nossa energia no Universo. Quando a gente morre, o paraíso e o inferno resultam da consciência individual. Nós próprios nos julgamos. Deus há de julgar porque está em nós e somos nós. Daqui, partimos para outra.

A morte deve ser o último pensamento que passa como toda a vida pelos olhos, que vai definir se será sonho ou pesadelo. É o veredicto do castigo ou da bênção pelo auto julgamento que define o estado da alma. Não se sabe se vai morrer, se morreu, se voltará a viver. Sabe-se que se vivenciará outra realidade, conseqüência do que foi a vida, como uma reencarnação ao avesso. É como o milagre da finidade, como o desespero da efemeridade. É como o infinito do nunca e o incerto do nada.

Acredito no céu; também no inferno. Cada um que cave sua própria cova. Antes de partir, a energia da consciência vai pesar.

Energia positiva

Acredito que o Mártir era um cara que tinha bastante fé naquilo que fazia e, principalmente, acreditava que o que ele fazia era bom. Coração puro. E seus atos condiziam com sua mente. Isso o elevou espiritualmente para um nível de inteligência indiscutivelmente alto. Sua fé era tão grande que sua mente acreditava que tudo podia. E as coisas ao seu redor aconteciam.

Acredito que, como os Messias, todos somos iguais. Talvez meros mortais, indivíduos dotados de uma menor capacidade espiritual. Mas tão bem possibilitados de fazer o que quisermos. Não acredito no impossível. O impossível só existe até que alguém prove o contrário. Só existe em nossas mentes. As mesmas barreiras psíquicas que criam obstáculos em nossas vidas como caminho da salvação são as que impedem nossa evolução. Desafios de se destacar por um bem maior coletivo.

Acredito em reencarnação. A energia contida da vida após a morte em espíritos está por aí, vagando, e nós, quando aclamamos por ajuda, ela atende. Depende de nossa fé. Se realmente acreditarmos que essas pessoas olham por nós, acredito que nossa energia e pensamento positivos podem atrair suas forças para que o Universo conspire a nosso favor.

Não sou a favor de religião. Também não sou contra. Acho que tudo que nos faz bem é válido, desde que não faça mal aos outros. Mas não acho que é preciso estar sob muros de pedra para fazer contato imediato. Gratidão? Acho que a maior delas é determinada por atitudes, não por crenças.

Acredito que exista uma energia proveniente da força criadora do mundo. Ela está em todos nós e dela somos todos filhos. Fomos criados a sua semelhança, com direito a todos os seus poderes. É essa força que rege o mundo. E daí nosso poder de traçar nossos destinos e escolher nossos caminhos. Acredito que a vida seja feita de várias bifurcações, onde somos obrigados a tomar decisões.

Usamos pouco da mente. Amar a si é amar nossa criadora. Culpá-la é culpar a si mesmo. Aceitar que ela é responsável pelas coisas boas é uma crença. Que é omissa nas ruins, é ignorância. Você pode tudo naquilo que te criou. Após alguns meses, todas as células são trocadas. Regeneração. Nova vida; novo começo.

Sentimos energia. É um sentimento, assim como o amor. Diferente apenas por ser o sentimento maior do mundo – o clímax de todas as emoções, o maior nível de espiritualidade que podemos alcançar. Você não vê, tampouco toca, nem sequer escuta plenamente, mas mesmo assim sabe que está lá. É realidade. Todo momento é sagrado.

Podemos ter medo. Devemos ter medo. É um sentimento de auto-preservação. Desde que não se torne anormal. Pânico. Nossa melhor ferramenta é a fé. É a confiança que temos na crença de que o que nos assusta é um mito. Melhor devoção.

A fé positiva no desejo do presente leva a crença à realidade através do subconsciente. Ceticismo e resistência produzem o contrário, criam disposições desfavoráveis no sujeito. Independente, as coisas só parecem ruins até o momento que se tornam piores. É a lei da relatividade.

O homem tenta explicar tudo que ocorre ao seu redor, coisas da natureza, do Universo, da Criação, do futuro, só para se sentir grande. Mas grande mesmo só há um, e ninguém há de superar.

O paraíso nada mais é do que a energia positiva resultante da consciência tranqüila. Deixe a vida para a glória eterna. Acredite.

Nota: Tudo na vida

Tudo na vida é relativo. Tudo é início, meio e fim. Passamos pela juventude, maturidade e alguns ainda chegam à idade da reflexão. No começo somos meros aprendizes; depois passamos a ser usuários de nossos conhecimentos. Na fase final, usufruímos da experiência, tentando passar um pouco dela para os outros e, acredito, alcançamos um estágio onde nada importa além da vida.

Nesse cenário existem os críticos. Políticos, simpatizantes de uma ditadura democrática. Estão bem acostumados. É preciso endurecer. E quem sabe abrir mão de alguns direitos democráticos que ainda nos são reservados. Afinal de contas, que espécie de democracia é essa, onde oportunidades, liberdades e direitos nos são negados, dentro de nossa conjuntura atual?

Não entrarei nesses detalhes. Ainda. Virei cético. Não sei o que fazer. É mais fácil falar. Vou virar crítico.

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Um dos maiores conceitos já descobertos foi difundido pelo mestre da física. Da teoria da relatividade pouco conheço. Mas aprendi o mais importante. Tudo nessa vida é relativo.

Não existe um certo ou um errado. Tudo depende da força do argumento. O que é certo hoje, pode não ser amanhã. Não existe uma idéia fraca, mas um argumento falho. Não existem paradoxos na vida, mas sim momentos, pontos de vista, analogias.

Nesse quesito tentamos usufruir das coisas mais importantes da vida e, nela, não se enquadra o trabalho. Este é importante sim, engrandece o homem. Mas, independente, trabalhamos para viver. Não o contrário. Não deixe que o dinheiro seja seu dono. Busque o privilégio de poder se dar ao luxo de confundir trabalho e prazer. Poucas pessoas conseguem esse êxito.

A vida é relativa aos sonhos, onde somos livres para amar, seja ao próximo, seja ao que fazemos. Sejamos felizes. Somos comida de verme e devemos aproveitar ao máximo antes de sermos devorados. A beleza da vida está em descobrir seus mistérios, mas sem muita sede ao pote.

Carta Magna - Separação

Separamo-nos pelo ocaso do destino
Imprudência de nossas almas,
Como se fôssemos meninos,
Correndo de levar palmas.

Medo de exaltar sentimentos
Maiores que o coração,
E foi necessário um consentimento
Para machucar nossa união.

Haveria de ser diferente,
Se o Sol nascesse poente
E não fosse transcendente.

O fim, contudo, brotou;
O Sol, por sua vez, fracassou,
E o nosso amor, frágil, se afogou.

Mito do destino

Os mitos são a conseqüência dos arquétipos do inconsciente coletivo que foram reprimidos pela sociedade. Déjà vu? Quizás.

Os alquimistas afirmam que o universo, através de imagens e símbolos do inconsciente coletivo, conspira a nosso favor. Não podemos esperar que nossos objetivos caiam dos céus em nossas mãos; acredito que devemos fazer o impossível para conseguir o que desejamos. E quando atingirmos nosso limite, só aí, o destino revelará o que nos reserva. Então, saberemos, olhando pro passado e vivendo o presente, o que no futuro há de reserva.

A conquista vem a calhar como a recompensa por nossa vitória. E a derrota, se assim o for, é traçada por uma força maior que nos guia. Pois, felizmente, nem sempre o livre-arbítrio nos leva ao melhor lugar. As coincidências significativas ocorrem na medida em que a força divina dirige nossas vidas para um destino particular. Nada acontece por acaso, como no princípio da casualidade. Não existem coincidências. Sempre há uma proposição. Sincronicidade. Coincidência do destino.

Carta Magna - Escravidão

Sou seu escravo
Ofegante por seus desejos
Franzino pelo trabalho
Instigado pelos solfejos.

Arrumados por tua voz
Sabedoria que te conduz
Onerosamente e tão veloz
Fazendo-me jus.

Irritante é ser prostrado
Além dos limites alados
Sofrendo como mal-amado

Orgulho presunçoso nos levou
Ao fim de tudo e nos deixou
Invocados pelo que restou.

Ama-me doce,
Sabendo que não te esqueci,
Odiando não te ter
Falando o que não querer.

Irradiado pelo sol
Ausência de luz
Salientando em prol
Do Lorde diante da cruz.

Fastio hoje me toma
Insuflado me doma
Amor teu me ronda.

Verdadeira liberdade

Liberdade não é uma condição física. É uma situação mental da consciência. Cada pessoa constrói sua própria prisão através de processos em cadeia. Ficamos aprisionados em nossos pensamentos a partir do momento que nos limitamos a compreender apenas aquilo que está ao alcance de nossos sentidos. Como acreditar em algo que não é real?

Somos realmente livres para fazer nossas escolhas ou elas já foram traçadas e apenas precisamos decidir qual caminho seguir? Somos livres em pensamentos limitados em nossas ações.

Carta Magna - Campos Vastos

Não podemos nos prender aos paradigmas
Mas também não devemos ignorá-los

Sobretudo, devemos acreditar,
Mas saber a hora de desistir.

Às vezes não é esperto percorrer um caminho tortuoso
Quando há campos vastos ao seu redor.

Carta Magna - Pijama

Eu o tinha: velho, encardido, macio, confortável... até que um dia o elástico se partiu, e nunca mais meu sono foi o mesmo.

Magia dos sonhos

Preferimos o desejar ao desejo. A idéia de estar sempre no caminho de um sonho muitas vezes é melhor do que a própria conquista do objetivo desejado. Essa é a grande diferença entre conhecer e percorrer o caminho.

Há sonhos e sonhos. Divagações em devaneios oníricos. Desejos. Ambos recebem a mesma nominação. Talvez porque, no fundo, tudo que desejamos é um sonho. Ou tudo que sonhamos é um desejo. A ordem dos fatores nem sempre altera o resultado, mas os meios explicam os fins. As preliminares determinam o tamanho do orgasmo.

Sonhar é um despertar dos desejos. Os sonhos são reais enquanto duram. Isso torna a realidade um sonho. As imagens não são bem nítidas na idealização do modelo mental da preparação da alma. Esta vive de sonhos. É seu alimento. Transcendente em vida. Metafisicamente, somos filhos do infinito e herdeiros da eternidade. O tempo é uma ilusão. Não é algo que corre sempre no mesmo ritmo. Determinamo-lo.

Os sonhos que se têm precedentes são uma extravasão dos limites do pensamento, dando uma idéia de que não os pensamos ou que não fizeram parte de nosso passado. Ultrapassemos os limites do mundo. Nada que se faz pode ser mais ridículo do que não fazer. Quanto menos juízo, mais autêntico. A incapacidade de alcance só existe na crença da fraqueza.

Somos nossos maiores inimigos quando impomos dificuldades. Falta de tempo, certezas absolutas, vergonha, comodidade. A conseqüência é infeliz. A derrota só nos deixa um legado ruim: a covardia. Aceite as aventuras e não negue o extraordinário. Como a morte é certa, não temos nada a perder. Ouse. Use-a com astúcia para instilar coragem. Mas toda bravura merece prudência. A morte é sonho fora da vida. Somos apenas um lugar para se guardar as abstrações.

Nossos sonhos são um inconsciente pessoal. Temos poder para controlá-los? Nada acontece por acaso. A sincronicidade dos fatos aponta o destino. Então, como distinguir a realidade de um sonho? E o sonho de uma realidade?

Carta Magna - Explicação para o inexplicável

O amor quando nasce
É o sonho a realizar-se,
É o tempo sem impasse.
Mas o desejo incontrolável,
Atua de um modo afável,
Até ser infindável.

Mesmo quando é passado,
Se um amor é amado,
Ficará para sempre alojado.
Sem sair da lembrança,
Capaz de vingança
Até quando se cansa.

É ainda um concerto,
De onde se tira um enxerto
Para afinar um espeto.
Que a lenda irá lançar
Pro coração avariar,
Retrocedendo a acelerar.

Transformando a brasa em arrivista
Que para realizar a conquista
Perderia até a vista.

E ao entardecer...
Será que vai merecer?
Após o desconhecer...?

E numa noite de eclipse,
Enxerga a elipse
Na escuridão do apocalipse.

Mas para poder entender
Essa coisa chamada amor,
Só se empreender
Ao sentir muita dor.

Segredo de mago

A vida é cheia de mistérios. Cada um deles guarda consigo um segredo, que revela o próprio motivo de sua existência. Na mente humana, a consciência e suas diferentes formas – subconsciente e inconsciente – escondem diversas explicações para nossas atitudes.

Todas as nossas ações são reflexos de nossos pensamentos, mesmo instintivas. Corações devem ser munidos de boas intenções para que a alma se eleve e o espírito se materialize na concepção do que está no subconsciente; o julgamento alheio agride nossos sentimentos na mesma proporção que deteriora o semelhante. A reação é muito mais importante do que a ação que a desencadeia. O foco em si permite que nos conheçamos melhor, uma vez que não podemos controlar os outros.

Tudo gira em torno dos ideais: bem aventurança, amor ilimitado, inteligência infinita, poder inigualável, sabedoria perfeita, harmonia absoluta, beleza indiscutível, perfeição. Se erramos, continuamos a dança da vida. O melhor caminho a seguir vem sempre em frente, mas só andamos porque estamos acostumados. A autopunição é o pior dos infernos. Procura-se o perdão. Espanta-se a dor. Paz celeste. Perdoar é doar, é renunciar ao orgulho, a fim de remediar a cura da mágoa. Atitude egoísta. Condena a dor espiritual à física.

Ler os sinais que nos rodeiam e, principalmente, aceitá-los, possibilita uma compreensão instantânea do momento. A solução está sempre no próprio problema. Só é preciso que seja visto sob outros ângulos e diferentes óticas, para que não seja subestimado. Ou super. Poder escutar as respostas com o despertar da intuição e com os ruídos do presente, passado e futuro, nos permite ouvir os conselhos da vida.

Depois de tudo isso, o que fazer com nossas conquistas? Buscar as recompensas? A jovialidade espiritual deve ser o maior segredo para o entusiasmo. Mas a maturidade é a recorrência para a experiência. O equilíbrio é revelador.

O bem e o mal têm origem no pensamento e na intenção. O arrependimento é o maior pecado do mundo. A desculpa é uma virtude. Cada insight é um aprendizado que tornamos possível a nós mesmos através de ensinamentos.

O desejo leva à luta pelo sucesso. A frustração gera obstáculos na insegurança do medo. O mundo é visto com os olhos da imaginação. A idealização é melhor que a materialização; mas qual o real sentido das coisas?

Nota: Arte de escrever

Logo quando comecei a escrever, questionei-me a respeito do porquê desse monólogo. A intenção é compartilhar idéias, ideais, ideologias; filosofias, pensamentos, sentimentos. Discorrer sobre a vida e seus mistérios, o cotidiano, o diferente. Enfim, é tentar tornar-se uma pessoa melhor.

Algumas dessas idéias são minhas. Mas como nada se cria, apenas adaptamos a realidade aos nossos conhecimentos e tiramos nossas próprias conclusões. Outros pensamentos foram tirados de textos, alguns conhecidos, outros nem tanto. O bom da inteligência é que ela não tem barreiras cognitivas, mas sim liberdade experimental. Belo amigo da sabedoria que nada sabe e nem há de saber.

É engraçado como as pessoas vêem arte em tudo. Ou não a vêem em nada. Uns acham que tudo é manipulado pelo sistema, influenciado pela mídia, jogo de mercado; outros preferem a visão romântica e inocente, mas pura. Eu prefiro a visão onde o homem só é ele mesmo quando está só.

Todos têm um propósito quando fazem algo, e em cada propósito, existem intenções. Sejam elas primeiras ou segundas. Escrevo porque preciso. É uma necessidade de externar. A coisa mais importante na vida é fazer o que se gosta com paixão. Transformar angústia em satisfação; agonia em prazer; criar.

O artista existe para a arte. É a forma de liberar a energia interna que guarda dentro de si. Cabe aos interlocutores decifrar as entrelinhas e interpretar suas mensagens de acordo com cada reflexão. A discórdia é certa e positiva na discussão.

A mente gira ao redor de nosso subconsciente, que funciona como o impulso propulsor da vida, buscando maximizar os legados. Eis.

sábado, 24 de abril de 2010

Nunca, nunca

Nunca podemos dizer nunca. Ou pelo menos não devemos. Visto que todo nosso comportamento varia de acordo com determinada situação. Somos seres dotados de consciência, mas também às vezes da ausência dela. Não podemos retrair nosso instinto animalesco. E é diante disso que nossas atitudes variam com os fatos.

A mentalidade coletiva é guiada pela cultura disseminada. A sociedade civil julga os acontecimentos conforme os precedentes pré-estabelecidos pela humanidade. Mas raros são os casos com os quais nos deparamos – ou tudo seria caos – e analisamos pela compreensão.

Dificilmente, conseguimos nos munir de empatia pelo lado obscuro da questão. Culturalmente, condenamos os culpados. Diferente do curso natural pressuposto, onde os fortes sobrevivem. São regras da “civilização”. Por isso, todo julgamento - seja premeditado ou posterior – toma por base os costumes. É aí onde desumanamente insistimos em errar, embalados e encharcados em mentiras. Perigo.

Nossas certezas só existem até que nos provem o contrário. E todo paradigma pode ser quebrado. Sem exceção. Nem que seja por uma exceção.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Números X Palavras

Todo universo gira em torno de um paradoxo. Todo lado positivo tem um negativo. Já deu para entender o sentido... Mas todo paradoxo gira em torno de dois lados de uma mesma moeda que rodeia a natureza do ser humano: razão e emoção.

Toda razão é expressa em números. Já a emoção é guiada por palavras. Mesmo os textos mais racionais desenvolvidos até hoje, seja uma Constituição, um argumento, todo ele é sujeito à interpretação. Por outro lado, os números que compõem a engenharia de uma construção necessitam de leitura correta para mostrar sua lógica entre as fórmulas.

Por isso, podemos dizer que as Letras e a Matemática são as ferramentas básicas da linguagem humana, seja para expressar lógica (razão) ou sentido (emoção).

Mas a que conclusão chegamos com esse texto? Simples: a alma não vive sem a mente; o corpo não vive sem a cabeça; o coração não vive sem o cérebro. Pra que definir o que é racional ou emocional se, ao final de tudo, o que importam são as conseqüências das atitudes, são os fins e não os meios. Pois os meios e as atitudes dependem da lógica da interpretação de quem os enxerga. Não existe certo ou errado, existe ponto de vista, a base do argumento. E o erro está no argumento da certeza. Ou na certeza do argumento. Pois ambos dependem de vários fatores culturais, ambientais e genéticos, como diria o princípio determinista, vulneráveis à razão e à emoção.

Mas dentro desse “pseudo-livre-arbítrio”, fica aqui uma questão a qual me levou a discorrer sobre este tema: é melhor passar o resto da vida com uma dor conhecida, mas suportável, ou arriscar acabar com essa dor e correr o risco de sofrer com outra dor, também conhecida, mas insuportável?

Vida consciente

Para toda filosofia, existe um argumento convincente.

Nem tudo é verdade. Mas tudo é lógico. Talvez nada exista, mas é tão real quanto pareça. Dizer sim a um instante é dizer sim a toda existência. O momento não é só um nada vazio passageiro. Todo momento é singular, do qual fazem parte tudo e todos em sua história. Daí o sentido de vidas passadas.

Reencarnação é apenas a expressão poética do que é, na verdade, a memória coletiva. A vida é feita de lembranças. Há um intervalo de 6 a 12 minutos antes que ocorra a morte cerebral. Acredito que nesse meio-tempo, toda a vida passe diante dos olhos. É isso que os sonhos de um minuto - que parecem levar uma hora - simulam. A visão é uma janela para o mundo: cada minuto é um show. Não é preciso gostar, apenas aceitar, seguir a corrente; a viagem (vida) não pede explicações, só ocupantes; não se limite às linhas, vá além, estamos livres no mar; O existencialismo prega a vida pra ser vivida com paixão, não com desespero. A jovialidade espera que alguns anos depois as mudanças parem e a vida se estabilize, o que não ocorre; a curiosidade é muito interessante e boa. Mas é preciso criar uma história de ficção para criar uma identidade entre o presente e o passado – uma fotografia, por exemplo. Ou estórias contadas através de palavras.

As palavras são de uma linguagem de sons emitidos criadas para transcendermos o isolamento, tendo seu significado em coisas, sentimentos abstratos e intangíveis de acordo com as lembranças que se têm a respeito deles, lembranças do que se teve ou deixou de ter. Há uma espécie de telepatia coletiva que conecta as pessoas ao passado (1 bilhão de anos de memória), no presente (velocidade do fluxo de informação) e até no futuro.

Nós nos deleitamos com ele (o caos)... a função da mídia não é eliminar os males do mundo, mas fazer com que os aceitemos e com eles convivamos. Doenças e morte são involução. São sentimentos de cobiça, inveja (pecados capitais) que nos fazem abrir mão de nossa liberdade/destino, para sermos governados, em massa, por política e religião aceitadas passivamente. A evolução é medida de acordo com a extensão do tempo. Justiça, liberdade, honestidade, igualdade e fraternidade são evolução. O século XXI é promissor à humanidade. É o século da evolução e da liberdade. Que até hoje não ocorreu, deixando-nos mais próximos aos chimpanzés do que dos filósofos gregos, cujos valores eram o objetivo da vida e a razão do viver, adquiridos com sabedoria.

Mesmo mudando a cada dia que passa, mantemos a essência de nossa pessoa. A característica mais universal do homem é o medo, pois ele quem gera o fracasso. Ou a preguiça, que traz a comodidade. Por um ou pelo outro, seja por destino ou livre-arbítrio, ainda não atingimos o bom senso, a iluminação racional. A Evolução.

A liberdade proposta pelo livre-arbítrio, que caracterizaria nossa individualidade distinguindo-nos dos outros ou daria a nós a responsabilidade de nossos atos, é uma ilusão, tendo em vista que o destino é traçado por Deus, eliminando as possibilidades de decisão, ou o comportamento de nossa vida é regido por leis físicas previsíveis ou prováveis. Portanto, para entender a individualidade, é preciso compreender antes o livre-arbítrio.

Nada de novo acontece no mundo. Os sentimentos se repetem e as sensações e momentos vividos são os mesmos há um instante e a uma eternidade. Se o mundo que aceitamos é falso e nada é verdadeiro, então, tudo é possível.

O mundo é visto com os olhos da imaginação.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Viver

Todo dia se nasce mais uma vez
A cada amanhecer, um novo nascer
A cada anoitecer, um novo envelhecer.
Todo dia se nasce mais uma vez.

A memória é a manivela que projeta o suceder
Dos acontecimentos, e que impede o esquecer.
É uma nova vida que começa a crescer
De acordo com os fatos do renascer.

Quando você acorda e vê o sol nascer,
Lembra-se do que aconteceu mesmo sem querer.
A vida é tão efêmera quanto o dia que,
Ao anoitecer, está prestes a morrer.

Enquanto a Terra gira, o Sol sorri com seus raios da vida
E a Lua vem para atestar que o que passou, passou,
E agora é tarde para fazer
O que se adiou.

A Lua, na negra escuridão mórbida da noite, faz seu papel
Até o sol renascer;
E este, com sua claridade,
Ilumina a vida com felicidade.

A Lua morte traz a sonolência como a ‘extrema unção’
Para preparar o corpo para jazer na cama do caixão.
E o espírito espera o renascer: do Sol, da Vida.
Que é a mãe que dará à luz para recomeçar a tentativa.

No Céu estão escritas as memórias,
Brancas, cinzentas, com textura de algodão,
Para fazê-los lembrar que mais um dia passou
E mais uma vida se foi.

No Céu estão as esperanças
De que se vai renascer,
E lembrar-se-á das memórias que se passaram com o reluzir do Sol.
A esperança do renascer.

O sonho é o planejar pro futuro;
É o se agradar do Passado...
Mas sempre no Presente.

O pesadelo é o frustrar por não ter tentado,
É o se arrepender do errado.

O dormir... É o descansar,
Para que no outro dia, ao amanhecer, ao renascer,
Estejamos prontos para enfrentar a vida,
E esperar o enluarar, para perceber
Que tudo vai passar
E que se deve aproveitar
Para não se arrepender, ou se esquecer,
De que as memórias ficam,
Enquanto a alma descansa.

E não deve se importar com o projetar do Sol, da Lua,
Das Nuvens, das Estrelas, dos Raios, do Mundo.
Lembre-se de que mais um dia vai passar
E você não quer se arrepender... de não aproveitar.