quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vida consciente

Para toda filosofia, existe um argumento convincente.

Nem tudo é verdade. Mas tudo é lógico. Talvez nada exista, mas é tão real quanto pareça. Dizer sim a um instante é dizer sim a toda existência. O momento não é só um nada vazio passageiro. Todo momento é singular, do qual fazem parte tudo e todos em sua história. Daí o sentido de vidas passadas.

Reencarnação é apenas a expressão poética do que é, na verdade, a memória coletiva. A vida é feita de lembranças. Há um intervalo de 6 a 12 minutos antes que ocorra a morte cerebral. Acredito que nesse meio-tempo, toda a vida passe diante dos olhos. É isso que os sonhos de um minuto - que parecem levar uma hora - simulam. A visão é uma janela para o mundo: cada minuto é um show. Não é preciso gostar, apenas aceitar, seguir a corrente; a viagem (vida) não pede explicações, só ocupantes; não se limite às linhas, vá além, estamos livres no mar; O existencialismo prega a vida pra ser vivida com paixão, não com desespero. A jovialidade espera que alguns anos depois as mudanças parem e a vida se estabilize, o que não ocorre; a curiosidade é muito interessante e boa. Mas é preciso criar uma história de ficção para criar uma identidade entre o presente e o passado – uma fotografia, por exemplo. Ou estórias contadas através de palavras.

As palavras são de uma linguagem de sons emitidos criadas para transcendermos o isolamento, tendo seu significado em coisas, sentimentos abstratos e intangíveis de acordo com as lembranças que se têm a respeito deles, lembranças do que se teve ou deixou de ter. Há uma espécie de telepatia coletiva que conecta as pessoas ao passado (1 bilhão de anos de memória), no presente (velocidade do fluxo de informação) e até no futuro.

Nós nos deleitamos com ele (o caos)... a função da mídia não é eliminar os males do mundo, mas fazer com que os aceitemos e com eles convivamos. Doenças e morte são involução. São sentimentos de cobiça, inveja (pecados capitais) que nos fazem abrir mão de nossa liberdade/destino, para sermos governados, em massa, por política e religião aceitadas passivamente. A evolução é medida de acordo com a extensão do tempo. Justiça, liberdade, honestidade, igualdade e fraternidade são evolução. O século XXI é promissor à humanidade. É o século da evolução e da liberdade. Que até hoje não ocorreu, deixando-nos mais próximos aos chimpanzés do que dos filósofos gregos, cujos valores eram o objetivo da vida e a razão do viver, adquiridos com sabedoria.

Mesmo mudando a cada dia que passa, mantemos a essência de nossa pessoa. A característica mais universal do homem é o medo, pois ele quem gera o fracasso. Ou a preguiça, que traz a comodidade. Por um ou pelo outro, seja por destino ou livre-arbítrio, ainda não atingimos o bom senso, a iluminação racional. A Evolução.

A liberdade proposta pelo livre-arbítrio, que caracterizaria nossa individualidade distinguindo-nos dos outros ou daria a nós a responsabilidade de nossos atos, é uma ilusão, tendo em vista que o destino é traçado por Deus, eliminando as possibilidades de decisão, ou o comportamento de nossa vida é regido por leis físicas previsíveis ou prováveis. Portanto, para entender a individualidade, é preciso compreender antes o livre-arbítrio.

Nada de novo acontece no mundo. Os sentimentos se repetem e as sensações e momentos vividos são os mesmos há um instante e a uma eternidade. Se o mundo que aceitamos é falso e nada é verdadeiro, então, tudo é possível.

O mundo é visto com os olhos da imaginação.

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