sexta-feira, 1 de maio de 2020

A Janela


Não há melhor forma
De te conhecer.
Através de teus olhos
Eu hei de te ver

Luz apagada que irradia incessante
Um brilho constante ofuscado pelos mistérios do ser

Janela fechada se abre pra si
Deixa sentir o teu gosto dentro de mim
Sê oceano, sê mar aberto
Ou mesmo, rio selvagem,
Virgem lagoana.

De prantos serenos
Nascente se faz
Uma cachoeira, uma foz
Em orvalho jaz

Brotando do rosto
Como da noite traz
Corre solto
Em orvalho jaz

A saudade do dia
Que veio pra ti
Quando lembraste que
Não era tarde o bastante pra sorrir.

Maria

Se inocência tivesse nome
Chamar-se-ia Maria
Menina dos olhos grandes
Maria te envolveria

Algo se eleva, singelo,
Como quem quase quer nada
Com seu sorriso, sincero.
Beleza em sua face estampada

Olhando sem desconfiança
Convida sua alma a conhecer
Toda pureza de uma criança

Seu abraço despretensioso,
Ensinando a viver
O coração desmancha

Descama, desnuda...

Sem calor
E sem força

sábado, 28 de março de 2020

Contos e Cantos

Com contos cantados
E cantos contados
Encantos calados
No silêncio do som

Nós, seres amados
Despedaçados
Acariciados
Pelo mesmo tom

Sentimentos em sinfonia
Desenhados num poema
A harmonia em sintonia
De notas em um dilema

Entre livros e canções
Uma orquestra de versos
Tocados em refrões
De contextos inversos

Do luar de uma sonata
À fidelidade do soneto
Só pra dizer em bravata
Que te adoro em branco e preto


sábado, 4 de janeiro de 2020

Nina

Nina.
A minha menina.
Um olhar que ilumina
E, entre raios, conduz
O encanto da vida.
Com teu sopro traz luz.

Não me dera fosse um sonho,
Mas uma bela visão
De algum dia conhecer-te
Ó, Nina,
Minha menina.
Meu coração.

Mas, lembra-te, Nina, minha menina,
Que viver de esperança,
É esperar para viver.
E que a vida se dá o trabalho de ensinar
O que a gente não consegue aprender.

E por isso, sê doce.
Porque assim são as flores
Os seres mais delicados
E, por tantos, amados

Que em meio a campos vastos
Pintados em cores diversas,
Cheios de primaveras,
Resistem aos outonos castos

E apesar de caírem suas pétalas
Permanecem fortes em suas raízes
Prontas para ressurgirem sorrindo
Pois há fraqueza na sutileza

Então, lembra-te, Nina, minha menina,
Que viver de esperança,
É esperar para viver.
E que a vida se dá o trabalho de ensinar
O que a gente não consegue aprender.

Meu Amor Eterno

Não sei se você é a melhor
Não consigo comparar
Mas se pudesse escolher
Não me atreveria a mudar.

Em todos os momentos,
Em qualquer situação,
Sempre ao meu lado
Esteve a se emocionar

Não lembro quando nos conhecemos
Nem por quanto tempo irá durar
Mas nem mesmo o infinito
É suficiente pra contar

O que sinto por você
Palavras não podem expressar
Não sei se outra vez já tive
Tal sensação de gostar

A verdade é que, em mundo algum, em tempo algum,
Nada parecido haverá
E tudo o que há é pra dizer...
Pra sempre vou te amar.