sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Carta Magna - Mérito
Ninguém gosta de cantar suas derrotas... especialmente aqueles que não vivem ao som dos frutos que são colhidos por suas próprias vitórias.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Inquietude
Inquietude é a saudade
De momentos nunca antes vividos
Recordações futuras imaginadas
Em tempos para sempre esquecidos
É a impossibilidade de mudar o passado
De tirar todo o atraso
E fazer o bem pra si
É a cura inexistente
Pra uma doença incurável
Remediar não basta
Prevenir era preciso
Mas nem tudo é perdido
Outras memórias virão
Lá na frente, o imprevisível
Traz a esperança consigo
Não se atrase para perdoar, viver, amar... Sonhar, querer, tentar
Uma chance de reaver uma parte de tudo aquilo
Que se deixou fora de lugar...
Pra nunca mais ter que dizer
Jamais
Quadros
Cada linha desenha o tempo
Uma pincelada é o instante,
Constante e iminente,
Inerte e rumo ao risco
Da vida, as cores vibram,
Dando à sensação o tom,
Da tela emana o som
De todos que lá dentro gritam
Em preto e branco,
Chove fina uma melancolia
Em júbilo, o olhar onírico
Deseja com simpatia
Angústia esta que toma
E concretiza a abstração
Um turbilhão de ideias
Invadem pensamentos evanescentes
Vindo, vendo, ouvindo
Visões desvirtuadas
Vivas, tão vorazes
Vêm à tona em devaneio
Visualizando voluptuosas vozes
Do olhar reflete
Repetida sintonia
Misteriosa pressão
Falando em sinfonia?
Só lamenta um segredo,
Lá está sua entrelinha,
Sinta intensa excitação
Dormindo sem harmonia
-
O que aquieta a alma
Um acalanto aqui querido
A paz cada vez mais
É querer quem tem sentido
Ao canto dessa sala,
Na altura de um suspiro,
Descansa o corpo lasso
De quando o mundo dá seu giro
Uma imagem que se forma
Uma mensagem que inspira
Ressuscita no reflexo das luzes
O poeta que lhe pinta
Mas, afinal, no seu final
Sua firma é sua sina
O destino que interessa
A Ventura que ensina
Lira
Um passe pra liberdade
Libertar dos males
Mazelas, maldizeres
É a felicidade em seu mais puro prazer
É expressar o que dói dentro
Ou, de fora, vem corroer
É falar da impressão
Que os sentidos têm a dizer
Ah, felicidade (quase) extinta! Tão rara!
Não demora a aparecer.
Porque o que os ventos por ora trazem
São prenúncios de seu desapego
Que desafeto te há afastado
Por tantas léguas no tempo
Só resta uma esperança
Não a que se procura no mundo
Nem nos outros
Mas a que encontramos d'alma adentro
Noite
Mesmo ao apagar das velas
A chama continua acesa
Entranhada na vontade
De sentir esse prazer
E a paisagem que se inflama
Ao longe, no horizonte
Inspira o ébrio boêmio
Pra voltar a escrever
Que será dos novos dias
Quiçá das doces noites
Que vêm como orvalho
Temperando o alvorecer
Mas suspiro que inspira
Mais alento de viver
Jaz em frente ao que os olhos miram
Pra tocar seu florescer
Na silhueta, o veneno
Que dispersa a atenção
Do que ao redor o mundo tenta
Pra enxergar na escuridão
Quando tudo fica bem
E o futuro é indiferente
Esquecer é a razão
Pra ser mais presente
Um afago vale mais
Que palavras despojadas,
Jogadas, expostas, tramadas.
A verdade ali se faz
E se puder ver
O que move a esperança...
Um lugar à luz do sol,
Ser feliz numa lembrança
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