sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Noite

Mesmo ao apagar das velas
A chama continua acesa
Entranhada na vontade
De sentir esse prazer

E a paisagem que se inflama
Ao longe, no horizonte
Inspira o ébrio boêmio
Pra voltar a escrever

Que será dos novos dias
Quiçá das doces noites
Que vêm como orvalho 
Temperando o alvorecer

Mas suspiro que inspira
Mais alento de viver
Jaz em frente ao que os olhos miram
Pra tocar seu florescer

Na silhueta, o veneno
Que dispersa a atenção
Do que ao redor o mundo tenta
Pra enxergar na escuridão

Quando tudo fica bem
E o futuro é indiferente
Esquecer é a razão
Pra ser mais presente

Um afago vale mais
Que palavras despojadas,
Jogadas, expostas, tramadas.
A verdade ali se faz

E se puder ver
O que move a esperança...
Um lugar à luz do sol,
Ser feliz numa lembrança

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