Cada linha desenha o tempo
Uma pincelada é o instante,
Constante e iminente,
Inerte e rumo ao risco
Da vida, as cores vibram,
Dando à sensação o tom,
Da tela emana o som
De todos que lá dentro gritam
Em preto e branco,
Chove fina uma melancolia
Em júbilo, o olhar onírico
Deseja com simpatia
Angústia esta que toma
E concretiza a abstração
Um turbilhão de ideias
Invadem pensamentos evanescentes
Vindo, vendo, ouvindo
Visões desvirtuadas
Vivas, tão vorazes
Vêm à tona em devaneio
Visualizando voluptuosas vozes
Do olhar reflete
Repetida sintonia
Misteriosa pressão
Falando em sinfonia?
Só lamenta um segredo,
Lá está sua entrelinha,
Sinta intensa excitação
Dormindo sem harmonia
-
O que aquieta a alma
Um acalanto aqui querido
A paz cada vez mais
É querer quem tem sentido
Ao canto dessa sala,
Na altura de um suspiro,
Descansa o corpo lasso
De quando o mundo dá seu giro
Uma imagem que se forma
Uma mensagem que inspira
Ressuscita no reflexo das luzes
O poeta que lhe pinta
Mas, afinal, no seu final
Sua firma é sua sina
O destino que interessa
A Ventura que ensina
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