segunda-feira, 24 de maio de 2010

Magia dos sonhos

Preferimos o desejar ao desejo. A idéia de estar sempre no caminho de um sonho muitas vezes é melhor do que a própria conquista do objetivo desejado. Essa é a grande diferença entre conhecer e percorrer o caminho.

Há sonhos e sonhos. Divagações em devaneios oníricos. Desejos. Ambos recebem a mesma nominação. Talvez porque, no fundo, tudo que desejamos é um sonho. Ou tudo que sonhamos é um desejo. A ordem dos fatores nem sempre altera o resultado, mas os meios explicam os fins. As preliminares determinam o tamanho do orgasmo.

Sonhar é um despertar dos desejos. Os sonhos são reais enquanto duram. Isso torna a realidade um sonho. As imagens não são bem nítidas na idealização do modelo mental da preparação da alma. Esta vive de sonhos. É seu alimento. Transcendente em vida. Metafisicamente, somos filhos do infinito e herdeiros da eternidade. O tempo é uma ilusão. Não é algo que corre sempre no mesmo ritmo. Determinamo-lo.

Os sonhos que se têm precedentes são uma extravasão dos limites do pensamento, dando uma idéia de que não os pensamos ou que não fizeram parte de nosso passado. Ultrapassemos os limites do mundo. Nada que se faz pode ser mais ridículo do que não fazer. Quanto menos juízo, mais autêntico. A incapacidade de alcance só existe na crença da fraqueza.

Somos nossos maiores inimigos quando impomos dificuldades. Falta de tempo, certezas absolutas, vergonha, comodidade. A conseqüência é infeliz. A derrota só nos deixa um legado ruim: a covardia. Aceite as aventuras e não negue o extraordinário. Como a morte é certa, não temos nada a perder. Ouse. Use-a com astúcia para instilar coragem. Mas toda bravura merece prudência. A morte é sonho fora da vida. Somos apenas um lugar para se guardar as abstrações.

Nossos sonhos são um inconsciente pessoal. Temos poder para controlá-los? Nada acontece por acaso. A sincronicidade dos fatos aponta o destino. Então, como distinguir a realidade de um sonho? E o sonho de uma realidade?

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