terça-feira, 22 de junho de 2010

Solidão

Sejamos nós mesmos. Mas um ser que nos complete é completamente bem-vindo. Alma-gêmea; amizade; família.

Às vezes estamos sós e nos sentimos plenos. Às vezes estamos cercados de pessoas e nos sentimos plenamente sós. Nem sempre é uma condição física. É também psicológica. E ainda comportamental. Mas o sentimento é o mesmo para ambos os casos.

O Universo é imensidão. Uma mera partícula, única como somos, desliga-se do todo. E nossa mente dita a condição de acordo com as circunstâncias. A troca de energia cessa.

Querer estar só, poder estar só. Compartilhar, refletir, discernir, discutir consigo. Mentalizar apropriando-se dos fatos.

Mas cruel é a condição física. Isolamento. Solitário. Somos feitos para andar em bandos. Viver em sociedade. Mas a própria nos provoca o isolamento seja qual for o motivo: pessoal, profissional, moral, mental, físico.

O mesmo bem que traz a comodidade da companhia ou o alívio da isolação, também veste a carapuça do mal. Toda moeda tem dois lados. Qual deles escolher? Por que não usá-los nos momentos apropriados?

Dor de solidão é pra ser sentida, vivida, exaurida, extasiada; é também para ser compartilhada, aliviada, esquecida. Ficam as mágoas, as marcas, as cicatrizes nos sentidos. Mas somos plenos de sentimentos.

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