terça-feira, 22 de junho de 2010

Saudade

Ai, saudade que não tem fim. Quanto mais quero te esquecer, mais te aproximas de mim. Pois meus pensamentos mais distantes a trazem de volta pra perto à minha lembrança que não quer sorrir.

Dor dolorida doída. Doida. Sentimentos pelo que foi, mas não há mais de ser. De passado vivo o presente e penso no futuro.

A mais bela palavra traz tão triste cognição. Mesmo carregada de sentimentos de felicidade. Como pode um paradoxo desnortear tão forte uma mente de lembranças?

Saudosismo do passado longínquo. Banzo de lugares d’antes vistos. Mas é a saudade maior do mundo, do amor maior do mundo, que incomoda e nunca passa. Elementos antigos são objetos de infelicidade. Mas pior são os objetos de felicidade que nunca serão antigos. Nem no passado, nem no futuro. Simplesmente porque deixaram de ser. Deixaram de ter um significado para qualquer das partes.

Saudade dos que se foram. Dos que irão. Dos que ainda não, há de haver.
Saudade das brincadeiras, dos costumes, da cultura rotineira.
Saudade até de quem eu gostaria de ser, de conhecer, de ver.

Puta saudade maledita! Por que não te conformas, de tantas coisas, com a bonita.

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