segunda-feira, 15 de abril de 2019

Incerto

Que um grande amor
A gente nunca esquece
Todo o mundo já sabe
Mas até quanto
Ele só adormece?

De quantos sóis é feita a dor
De uma saudade do que nunca será
E da imaginação do que poderia ser

Seria errado querer?
Ou, ao menos, poder?

E que desespero leva
A acreditar
Que o resto da vida vai passar
E essa dúvida não se esvairá?

Esperando o inesperável
Pra, quem sabe, reviver
Hoje o ontem, para sempre

Esperar... respirar?

Quando lá é tão perto
Quanto o aqui é longe
O tempo é incerto
Pra quem tem pressa

Mas a culpa regressa
E o desejo recai
Sobre o que realmente se preza
Na vida, da vida, pra sorte

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